A Motorola aproveitou o Super Bowl – também conhecido como evento de Marketing, por ter 140 milhões de pessoas a assistir – para fazer frente à Apple, ao mesmo tempo que promove a sua alternativa ao iPad, o Xoom.
A marca de Steve Jobs em 1984 criticou a IBM, num anúncio que sugeria um controle monopolista por parte desta, oferecendo uma alternativa. Hoje, é alvo da sua própria arma. Anúncio Apple 1984.
No mesmo formato de spot, utilizando como base o livro de George Orwell, a Motorola sugere que a Apple provoca "totalitarismo cultural" (Exame 2011). Anúncio Motorola 2011.
Agora façamos uma breve análise. Será que a Motorola foi inteligente? Claro que promover um concorrente do iPad no Super Bowl foi excepcional, mas... Diz que a “Maçã” provoca “totalitarismo cultural”, mas no fundo está a assumir isso como uma verdade inquestionável! Ao mesmo tempo está a entrar no mercado do 4º ecrã, que é mais conhecido por iPad do que por tablet, e com um valor $300 superior ao produto de Steve. Então como se diferencia o Xoom na sua campanha publicitária? Apenas como alternativa ao estilo de trabalho de Jobs?
Durante o anúncio aparece o produto Motorola, mas não existe uma referência lógica que faça o consumidor perceber que se trata de um Xoom e não de um iPad, excepto no final.
Da mesma forma, o revivalismo é uma estratégia bastante inteligente em determinados mercados, mas não é o caso das tecnologias de informação. Com os sucessivos avanços em tecnologia e inovação, é de esperar mudanças nos planos das empresas. No entanto, o modo subtil como se posicionaram face ao iPad, com a referência ao livro de George Orwell aos 10 segundos, foi bastante bom.
Este spot está a gerar um enorme worth of mouth nos EUA, é o terceiro filme mais comentado no Twitter, neste momento. Isto é inteligente! As redes sociais geram buzz à volta dos anúncios e é nesta altura que, mais uma vez, reparamos que o marketing tradicional anda de mão dada com o marketing online.
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