segunda-feira, 14 de março de 2011

China Emergida


A rapidez do aumento da riqueza, sofisticação e nível de informação, levaram países, como a China, a ter presença no grupo de economias de mercado emergentes, que contribuirão mais para o crescimento da economia mundial, face aos países desenvolvidos.
Na China, com um poder de compra crescente,  aparece uma nova classe média, e com ela a necessidade de estatuto social ao estilo ocidental. Desta forma, 71% dos consumidores chineses vêem nos produtos de marca estrangeira uma forma mais eficaz de mostrar sucesso. Por outro lado, 52% da classe chinesa com maior poder de compra – rendimentos anuais superiores a US$ 36.700 – confia menos nas marcas chinesas que nas estrangeiras (McKinsey, Setembro 2010).

Esta análise serve para se falar numa estratégia de marketing local que, para marcas internacionais, é suficientemente importante para que se criem produtos e campanhas especificas para este mercado asiático. Há que ter produtos com um valor próprio desse país e desse modo, marcas como a Levi’s, Apple ou BMW, orientam estratégias para o consumo chinês. A Levi’s adapta o seu negócio de calças de ganga à figura magra que este tipo de cliente tem – desenhado especificamente – com o nome Denizen. Este é um exemplo de uma marca criada propositadamente para o país emergente. Também nas Apple stores de Shangai, os empregados vestem uma t-shirt com a frase “designed in California, Made for China”. No sector automóvel, a BMW, para celebrar o seu 25º aniversario do modelo M3 na China, lança uma edição limitada deste carro, o M3 Tiger, de gosto duvidoso, mas ao estilo daquele público.
Consumidores com necessidades e hábitos diferentes, exigem que as marcas que queiram focar estas novas riquezas, foquem e adaptem os seus produtos/serviços, assim como as suas estratégias.

A China encontrar-se-á num dos três maiores mercados publicitários em 2012, e com grande incidência na televisão. Deve gerar 10 biliões de dólares nesse ano, ficará apenas com os EUA e Japão à sua frente.
“A economia chinesa deve crescer quase 10% em 2011 e os salários também com um rápido crescimento, estão a impulsionar o consumo. Enquanto estes elementos continuarem fortes e a ameaça da inflação estiver controlada, os investimentos chineses em publicidade devem avançar”, afirmou Suzy Young, editora da Warc – fonte: EXAME.com.

Baseado em: Pedro Rocha, director-geral OAK, “De emergentes a emergidos”. Marketeer nº175, Fevereiro 2011.

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