terça-feira, 22 de março de 2011

Importância dos Social Media - Estudos

Várias empresas ouvem “social media” e não sabem utilizá-las como uma mais-valia estratégia. Desejo, medo e curiosidade, são algumas emoções sentidas pelos CMOs conservadores e que gerem estratégias defensivas.
A Brafton News informou que os gestores de marketing terão de acompanhar os retornos sobre os investimentos nos media sociais este ano e que estão esperançosos com os lucros nesse canal. Um estudo da CMO Club, com 133 CMOs em todos os sectores, revela que o marketing social é uma prioridade em 2011. O relatório indica que os marketeers necessitam de desenvolver novos métodos para acompanhar esses retornos nas principais plataformas sociais. Mais de 50% dos inquiridos admitem não saber como avaliar o ROI no Twitter e metade têm dúvidas sobre os benefícios do marketing no LinkedIn. Da mesma forma, metade dos executivos de marketing, este ano, dizem querer concentrar-se em medir o impacto que os blogs têm na área da sua actividade. Enquanto os CMOs tentam determinar os melhores métodos para medir o “êxito social”, 64% dizem que vão aumentar os seus orçamentos no canal dentro do ano. A maioria dos intervenientes nos estudos acredita que os seus investimentos nos media sociais serão responsáveis por cerca de 10% das receitas de 2011.
Uma pesquisa da Deloitte, realizada em 2010, apontou que 83% das empresas inquiridas encaram os social media especialmente como uma ferramenta para divulgação de produtos e serviços. 71% da amostra, pensa que estes media são um modo simples de gerir a reputação da marca no mercado.

Na minha opinião, as empresas devem interpretar os media sociais como uma plataforma de relacionamento com clientes e parceiros, sem se dever focar apenas em ouvir os seus clientes ou divulgar informação corporativa, a custo zero. Um género de CRM social.
Muitos negócios tendem a pensar que o online, nos dias de hoje, faz o trabalho todo. Isso é um redondo equívoco. O online necessita de uma base sólida offline. Se uma negócio físico se apoiar apenas no digital, sem o negócio offline maduro, pode-se tornar um problema para a empresa.

Fontes:

segunda-feira, 14 de março de 2011

China Emergida


A rapidez do aumento da riqueza, sofisticação e nível de informação, levaram países, como a China, a ter presença no grupo de economias de mercado emergentes, que contribuirão mais para o crescimento da economia mundial, face aos países desenvolvidos.
Na China, com um poder de compra crescente,  aparece uma nova classe média, e com ela a necessidade de estatuto social ao estilo ocidental. Desta forma, 71% dos consumidores chineses vêem nos produtos de marca estrangeira uma forma mais eficaz de mostrar sucesso. Por outro lado, 52% da classe chinesa com maior poder de compra – rendimentos anuais superiores a US$ 36.700 – confia menos nas marcas chinesas que nas estrangeiras (McKinsey, Setembro 2010).

Esta análise serve para se falar numa estratégia de marketing local que, para marcas internacionais, é suficientemente importante para que se criem produtos e campanhas especificas para este mercado asiático. Há que ter produtos com um valor próprio desse país e desse modo, marcas como a Levi’s, Apple ou BMW, orientam estratégias para o consumo chinês. A Levi’s adapta o seu negócio de calças de ganga à figura magra que este tipo de cliente tem – desenhado especificamente – com o nome Denizen. Este é um exemplo de uma marca criada propositadamente para o país emergente. Também nas Apple stores de Shangai, os empregados vestem uma t-shirt com a frase “designed in California, Made for China”. No sector automóvel, a BMW, para celebrar o seu 25º aniversario do modelo M3 na China, lança uma edição limitada deste carro, o M3 Tiger, de gosto duvidoso, mas ao estilo daquele público.
Consumidores com necessidades e hábitos diferentes, exigem que as marcas que queiram focar estas novas riquezas, foquem e adaptem os seus produtos/serviços, assim como as suas estratégias.

A China encontrar-se-á num dos três maiores mercados publicitários em 2012, e com grande incidência na televisão. Deve gerar 10 biliões de dólares nesse ano, ficará apenas com os EUA e Japão à sua frente.
“A economia chinesa deve crescer quase 10% em 2011 e os salários também com um rápido crescimento, estão a impulsionar o consumo. Enquanto estes elementos continuarem fortes e a ameaça da inflação estiver controlada, os investimentos chineses em publicidade devem avançar”, afirmou Suzy Young, editora da Warc – fonte: EXAME.com.

Baseado em: Pedro Rocha, director-geral OAK, “De emergentes a emergidos”. Marketeer nº175, Fevereiro 2011.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Hendrick's inova


Muitos têm o interesse de investimento em R&D (research & development) para poder oferecer, de uma forma diferente, um produto com mais ganhos para o consumidor.
O consumidor está no centro de tudo, por isso, tem de se conhecer tendências, gostos e preferências. Falar com o cliente, e tentar estar à frente a comandar, é fundamental. O espírito para inovar é essencial para surpreender o consumidor, a partir de acções a 360º.

Aspectos diferenciadores posicionam o gin Hendrick’s num segmento premium. A sua comunicação, distribuição e consumo inovador (com pepino), classificam-no desta forma. Isto observa-se no LuxFrágil. Aqui, a marca tem um copo próprio com uma rodela de pepino, que é servido quando se pede um Hendrick’s. Isto é inovação, e diferenciação das restantes marcas.
Na grande distribuição, esta bebida só está presente no El Corte Inglês, e agora no Auchan. Nos pontos de venda mais pequenos, estão em algumas garrafeiras premium, e começaram a procurar canais alternativos como estúdios de design, lojas de roupa mais exclusiva e produtos nicho. O objectivo é continuarem a receber e-mails de clientes que perguntam onde podem encontrar Hendrick’s. Exclusividade.
Contudo, são poucos os pontos de venda. Assim a marca, de acordo com a sua comunicação ao estilo do século XIX que os diferencia da concorrência, adoptou o Bairro Alto como palco da acção de distribuição de pepinos.
Com a desculpa que o stock do fruto acabou, ou que as pessoas não pegam na bebida desta forma, os donos dos bares rejeitam esta proposta da Henrick’s. Para combater isso, nesta iniciativa do Bairro Alto, dois animadores vestidos à época, com bicicletas a condizer, fizeram uma promoção de degustação pelos proprietários dos bares, à noite, oferecendo pepinos para servir com o gin. O resultado foi um aumento da distribuição para bares que ainda não vendiam a bebida.

Fontes: LIMA, Maria João e PINTO, Maria João. Como se consegue um Blue Ocean. Marketeer, Agosto 2010, n.º 169.