domingo, 30 de janeiro de 2011

Marketing mix renovado - 1/4



Experience

As quatro variáveis tradicionais que influenciam os processos de consumo dos clientes podem estar a sofrer algumas alterações com o galopante desenvolvimento das novas tecnologias.
A teoria de que os quatro e’s podem vir dominar o mercado é suportada pelo novo fenómeno do marketing – os social media. Brian Fetherstonhaugh – CEO da OgilvyOne Worlwide – cita “os social media são o worth of mouth com esteroides: maiores, mais rápidos, globais, instantâneos, amplificados”. Conclui-se que as redes sociais são, sem dúvida, colossos que dominam e influenciam o mercado. O marketing não deve querer controlar, apenas estar a ouvir e participar de forma saudável.
Experience, Everywhere, Exchange, Evangelism, apresentam-se como o marketing-mix da nova era. O significado dos novos quatro p’s são a ilustração perfeita do impacto que as novas tecnologias têm no marketing.
A experience é preferida ao product. O produto pode ser excepcional, mas a experiência de consumo é imbatível e incomparável. iPod é um exemplo. Este produto da Apple é óptimo: bem desenhado, bons interfaces, bom software, lojas Apple online... É uma alta experiência para o consumidor. Basicamente, trata-se da influência que uma lovebrand tem no cliente. Um produto, hoje em dia, não tem, nem pode, apenas lutar com a racionalidade, mas sim ligar-se aos sentimentos dos consumidores, atraindo-os.
Hoje em dia as companhias não devem ser construídas em cima de marcas, mas sim com o intuito de criar instintos, valor. O branding é o principal responsável por este focus.
Esta ideia de experiência está totalmente relacionada com a publicação da semana passada.

Durante esta semana, e diferente das anteriores, publicarei os restantes três e's, para evitar apenas um post demasiado extenso.

Fonte: LIMA, Maria João. Social Media. Marketeer, Julho 2010, n.º 168.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Lovebrands?


Na sequência da opinião que desenvolvi no fim-de-semana passado, de que o consumidor está no controlo, lembrei-me de partilhar uma tendência que tenho vindo a acompanhar, as lovebrands.
Nesta publicação vou basear-me na tendência que Kevin Roberts – CEO mundial da Saatchi & Saatchi – acredita ser a base sólida da construção de uma lovebrand.
Todos nós, enquanto consumidores e sem nos apercebermos, somos 80% emoção e 20% razão, esta é a fase onde uma marca se deve debruçar sobre esta oportunidade, para criar uma relação “íntima” com o cliente. O eixo principal na construção de uma marca foca-se nesta ideia.
“Lealdade para além da razão”, é assim que o comportamento do consumidor é caracterizado por Kevin Roberts. Acredita que ao retirar-se uma marca do mercado, as pessoas rapidamente a substituem, mas se desaparecer uma lovemark – como ele se refere – notar-se-á uma revolução por parte do consumidor. Esta é a grande diferença nos comportamentos dos clientes.
Contudo, o que está por trás da construção de uma marca adorada? Respeito e Amor! As pessoas, por norma, respeitam uma grande marca, o que não quer dizer que tenham uma ligação emocional com ela. Lovemarks serão aquelas que reúnem os dois factores. A Apple é o melhor exemplo que se pode ter, na minha opinião. O design sensual, a diversão na sua utilização e a diversificação de aplicações exclusivas, são alguns aspectos que explicam os esmagadores 80% de quota no iPod Nano, por exemplo. Amor puro. A fidelidade emocional, ultrapassa os argumentos reacionais, como o preço ou a concorrência.
O Marketing ao deparar-se com esta gestão de marca, terá de assumir que a ela pertence ao cliente, e não ao marketeer. A marca é do consumidor que a adora, não da empresa que a constrói.
É um tema que tenciono voltar a abordar, visto que existe tanto para falar sobre ele. No entanto, deixo esta pequena introdução explicativa.



Fica a sugestão de visitarem o site deste autor, para analisar as lovebrands que ele considera mais activas no mercado, e os comentários dos “lovers”. Deixem a vossa opinião por lá, se sentirem esta ligação emocional com alguma das marcas. http://www.lovemarks.com/

sábado, 15 de janeiro de 2011

Marketing em adaptação

As boas-vindas ao blogue são acompanhadas pela explicação, tanto da escolha do tema, como da criação deste espaço na Web.

Os constantes avanços da tecnologia, a uma velocidade incompreensível, estão a modificar a relação estabelecida entre as marcas e clientes, colocando este último num “pedestal”. Quero com isto dizer que o cliente passou a dominar o mercado e não o contrário (como acontecia antes). O estudo das suas necessidades é o ponto essencial do Marketing, sem dever querer controlar, apenas estar ouvir e participar de forma saudável.
Estas são as alterações a que esta área da Gestão deve estar atenta, adaptando-se à evolução que se vai verificando no mercado e no cliente.
A concorrência cada vez mais tem em atenção as possibilidades económicas das pessoas e as suas necessidades de afirmação perante a sociedade. Começa assim a disputa pelos clientes. Reúnem os factores que podem ser decisivos num processo de compra, estão atentos aos players do mercado e actuam em conformidade. O Marketing tem, deste modo, em atenção a movimentação do mercado-alvo, sem focar na totalidade os hábitos do cliente.
Se nos interrogarmos o que acontece a um grupo de pessoas que tenha uma necessidade sem estar satisfeita, rapidamente nos apercebemos que existe quem esteja a estudar a melhor forma de abordar esse nicho de mercado. Uma necessidade por satisfazer é uma oportunidade de negócio. Mais uma vez se verifica a posição que o consumidor tem para as empresas.

Esta ciência, como conhecimento adquirido a partir de estudos realizados a uma área pré-definida, ajuda-nos a compreender a sociedade e os seus hábitos de consumo, daí a classificação “social”. Estes hábitos, assim como as crenças e valor associado a determinado bem ou serviço, alavancam o estudo do comportamento económico do consumidor numa fase do processo de compra – “económica”.
Podem aparecer classificações para Marketing como “Arte”. O modo como se interpretam as necessidades de uma sociedade e se estimulam os consumidores para a compra, pode ser considerado uma arte. Eu englobo-a na extensa lista de variáveis que, a equação final de uma estratégia de Marketing eficaz, reúne. Maioritariamente presente no P de Promotion.

Considero importante a discussão de que as marcas têm de se começar a adaptar às novas tendências do mercado, que influenciam os consumidores. Daí afirmar que esta ciência está numa fase de adaptação.